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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Quebra de sigilo: Investigação da PF aponta para central de espionagem montada pelos próprios tucanos

A Polícia Federal informou na tarde desta quarta-feira (20), que as investigações sobre a quebra de sigilo fiscal de tucanos apontam para uma rede de espionagem envolvendo os próprios integrantes do PSDB.

Segundo a PF, os dados sigilosos de pessoas ligadas a José Serra foram obtidos por um repórter do jornal O Estado de Minas, no segundo semestre do ano passado, durante a disputa entre os tucanos para saber quem seria o candidato do partido à presidência da República.

Na época, o jornal Estado de Minas declarou apoio explícito (em editorial de capa) à candidatura Aécio Neves – que disputava com Serra a indicação do partido.

O repórter contou à Polícia que passou a investigar pessoas ligadas à Serra depois de descobrir que o então governador de São Paulo mantinha uma central de espionagem contra Aécio, que seria comandada pelo deputado tucano Marcelo Itagiba.

Segundo Amaury Ribeiro Junior, os arapongas de Serra buscavam informações sobre a vida privada do governador mineiro.

A partir daí, Amaury contratou vários despachantes em São Paulo e foi à capital paulista, com viagem paga pelo jornal O Estado de Minas, para receber vários documentos sobre parentes e amigos de Serra.

A Polícia Federal diz ter provas de que isso aconteceu no dia 8 de outubro de 2009, quando no PT não havia nem pré-campanha presidencial. O PT estava totalmente envolvido em sua campanha interna para renovar a direção partidária.

Amaury contou ainda à PF que há 10 anos investiga o processo de privatização da telefonia no governo FHC – e que pessoas ligadas a Serra teriam se beneficiado do esquema.

O principal operador seria Ricardo Sérgio de Oliveira, amigo de Serra e diretor do Banco do Brasil na gestão tucana. O repórter diz ainda que obteve documentos provando que a filha de Serra, Verônica, e o marido dela, teriam contas suspeitas em paraísos fiscais.

O delegado que deu as informações à imprensa nesta quarta-feira, Alessandro Moretti, disse que 7 pessoas foram indiciadas pelo vazamento de dados da Receita Federal, mas não forneceu os nomes. Ele disse que faltam algumas diligências para encerrar o inquérito, mas que elas não devem alterar a conclusão.

Clique aqui para acessar o vídeo no site do PT

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