EM CAMPO

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sábado, 25 de fevereiro de 2012

25-02-2012

Marcha Mundial das Mulheres define temas para o 8 de março


Na manhã da última quarta feira, 22 de fevereiro, a Marcha Mundial das Mulheres da região Oeste do Rio Grande do Norte se reuniu na sede do Centro Feminista 8 de Março – CF8, em Mossoró, para preparar e organizar as atividades do dia 8 de março, dia internacional das mulheres.
A plenária começou com as militantes reafirmando o sentido do 8 de Março para cada uma. Os sentimentos estavam todos relacionados que este é um dia de luta, de sair às ruas, de fazer barulho e de ser irreverente. “Esse é um dia que temos que estar nas ruas, dizendo e fazendo muito barulho para que a sociedade nos escute e se convença do nosso direito a igualdade e a liberdade”, expressa Viviana Mesquita, militante da Marcha Mundial das Mulheres de Mossoró.
Para Socorro, Comissão de Mulheres do STTR de Upanema, esse é um momento para evidenciar as conquistas, mas também denúncia e reivindicação.

Após construírem um sentimento coletivo sobre esse dia tão importante para a luta das mulheres, foi o momento das mulheres darem informe das atividades que serão realizadas em seus municípios como, por exemplo, o processo preparatório ao dia 08 de março, que terá uma ação regional, na cidade de Mossoró.

Para a atividade regional será organizada uma passeata dividida por alas, que agregará diversos temas relacionados com a realidade cotidiana das mulheres. A primeira ala, que será vermelha e lilás, tem como tema Contra a violência e pela igualdade e liberdade das mulheres. A segunda ala será verde e lilás e terá como tema Contra a economia verde, pela terra, água e por soberania alimentar. Já a terceira ala será laranja e lilás e tratará do tema Contra a exclusão e pela universalização das políticas públicas.


 


 
A programação deste ano começa no dia 07 de março, com um seminário que abordará os três temas das alas e no dia 08 será organizada a grande Marcha com a presença de trabalhadoras rurais, trabalhadoras urbanas, pescadoras, marisqueiras, jovens, lésbicas, negras e o conjunto de diversidades das mulheres da região Oeste.

“Queremos continuar com um 8 de Março que reforce a luta das mulheres, que dialogue com a sociedade sobre a realidade das mulheres e que cobre do poder público medidas e políticas que promovam a igualdade entre homens e mulheres”, conclui Conceição Dantas, coordenadora nacional da Marcha Mundial das Mulheres.

Fonte: CF8

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

20-02-2012
 
Minha foto
Natal, RN, Brazil
Natural: Rio de Janeiro/RJ - Nascimento: 15 de janeiro de 1972. Residiu na sua cidade natal até complentar o Ensino Fundamental (1987). Realizou o Ensino Médio em Manaus/AM, na Escola Agrotécnica Federal de Manaus - EAFM, durante os anos de 1988 até 1990. Onde colou grau, recebendo o título de Técnico em Agropecuária no dia 10 de janeiro de 1991. Dias depois, em 15 de janeiro de 1991, segue para Natal/RN. Após ser aprovado em vestibular, fixa residência acadêmica em Mossoró/RN. Onde realiza o curso de Engenharia Agronômica na Escola Superior de Agricultura de Mossoró - ESAM. Permanece ao longo do período de 1992 até 1997, onde cola grau em 10 de janeiro de 1998, recebendo o título de Engenheiro Agrônomo. Atualmente, como também em anos anteriores, além de realizar suas atividades profissionais como autônomo, também, desenvolve Assessoria Técnica à Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte (FETRAF-RN).
ASSESSORIA E ACOMPANHAMENTO TÉCNICO EM PROPRIEDADES RURAIS
Caros Blogueiros...
Através deste, estamos divulgando os nossos trabalhos de Assessoria e Acompanhamento Técnico em Propriedades Rurais. No tocante ao Levantamento Topográfico de Imóvelis Rurais; Elaboração de Laudos de Vistoria Técnica; Cadastro de Imóveis Rurais no INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária); Coletas e Análises de Água e Solos, como também, a Elaboração de Plantas Topográficas de Imóveis Rurais, acompanhados com sua respectiva ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e outras necessidades técnicas afins.
Assim, desejavamos que observe nossos trabalhos de assessoria realizados e faça contato conosco.
 
Um grande abraço!

Atenciosamente,
 
Eduardo da Silva Pinto
Engenheiro Agrônomo
19-02-2012

FETRAF-RN Propõe uma Nova Agricultura pela Vida

 

João Cabral de Lira (Coordenador-Geral da FETRAF/RN)

Em processo de formação política e de formulação/gestão coletiva de seu Planejamento Estratégico Participativo, desde o ano de 2007, dirigentes e assessores da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar – FETRAF-RN discutem a viabilidade, a auto-sustentação da Agricultura Familiar Potiguar. “Nossa pequena agricultura na região semi-árida tá correndo sério risco de se acabar.

  Num estado em que 90% do seu território é semi-árido, o sertão chega no mar, é urgente que a gente pense e demonstre na prática novas alternativas que sejam sustentáveis para as famílias produtoras, para o meio ambiente e para toda a sociedade potiguar”. Essa afirmativa de seu Coordenador Geral, João Cabral de Lira, expressa a preocupação da FETRAF com os destinos da agricultura familiar no Rio G. do Norte.

“Cada vez mais os membros mais jovens das nossas famílias agricultoras são levados a se afastarem, sem retorno, da atividade. Isso vem acontecendo há 20, 30 anos. Onde é que nós vamos parar…?”, complementa Cabral. Como em quase todo o resto do país, os pequenos agricultores daqui sofrem dessa dificuldade já crônica: a desestruturação das famílias, o desvinculamento de seus membros da atividade produtiva na agricultura. O êxodo rural tem hoje outra conotação, as pessoas saem da agricultura, da atividade produtiva no campo, mesmo permanecendo na sua localidade rural ou na sede urbana do seu município.

Em que pese a grande importância quantitativa e nutricional dos alimentos produzidos pelos agricultores familiares para a mesa dos brasileiros, a verdade é que estes produtores só auferem, quando muito, cerca de 5 a 10% do valor final de seus produtos (valor pago pelo consumidor, na ponta). O grande filão das cadeias produtivas oriundas da agricultura familiar fica na mão dos grandes atravessadores e distribuidores (nos comercializadores), cerca de 60 a 70%. Essa perspectiva de renda muito baixa da atividade tem desestimulado as famílias, até mesmo, a não investirem sua mão-de-obra na tradicional produção do próprio alimento (subsistência e segurança alimentar).

A Agricultura Familiar é responsável em média por 70 a 80% da cesta básica que alimenta os brasileiros. Não é à toa que o lema estampado na bandeira da FETRAF diz: “Agricultura Familiar, as mãos que alimentam a nação”. Mas, a produção de alimentos no mundo é hoje uma das grandes fronteiras do capital internacional. Infelizmente, a opção de quem quer rapidamente aumentar seu capital produzindo alimentos pra todo mundo, no mundo inteiro e ao mesmo tempo, não é exatamente pela Vida, pelo equilíbrio ecológico ou pela saúde do planeta, mas sim pelo lucro, pela acumulação de capital nas mãos de uns poucos e a qualquer custo.

Trata-se de uma das atividades mais agressivas ao meio ambiente. As áreas de matas e florestas derrubadas e os agrotóxicos usados em larga escala para produção de alimentos em escala mundial, são responsáveis em grande medida pelo buraco na camada de ozônio, pelo aquecimento global, pela degradação dos solos, pela extinção de nascentes de rios e de espécies, pelo êxodo rural, pelo inchaço e a violência crescentes, agora também nos pequenos centros urbanos, etc, etc.

A produção local sustentável de alimentos saudáveis, ao ser humano e ao Planeta, é hoje uma questão estratégica de desenvolvimento para as regiões. Diz respeito à sobrevivência, tem a ver com a continuidade da Vida na Terra como a conhecemos hoje. Felizmente, parte cada dia maior dos agricultores familiares, que produzem o seu e o nosso ‘alimento-de-cada-dia’ hoje já cultivam suas terras de forma sustentável: ecologicamente equilibrada, socialmente justa e economicamente viável. Trata-se da agroecologia, uma forma de viver e produzir da terra respeitando o equilíbrio natural dos ecossistemas, numa nova relação homem & natureza, de respeito, de interação, de inter-dependência. Essa produção de alimentos, pela agroecologia, é local, familiar, natural, orgânica, livre de agrotóxicos, ecologicamente equilibrada e geradora de autonomia nas economias dos pequenos e médios municípios. Por isso, fazer a opção, a adesão, ao consumo consciente dos produtos da agricultura familiar agroecológica e local é agir pela preservação e ampliação da Vida no Planeta.

“Aqui no Rio G. do Norte tem muitos companheiros agricultores e agricultoras que já produzem e comercializam alimentos de forma ecológica. Temos várias experiências dessas nas bases da FETRAF-RN. Queremos oferecer para a sociedade potiguar a opção de uma alimentação saudável, ecológica e por um preço justo pra os dois lados. Precisamos aproximar o consumidor do produtor para que todos tenham melhor qualidade de vida”, comenta João Cabral, e conclui: “uma nova agricultura, agroecológica, local e viável é necessária e possível!”

por Hildemar PeixotoAssessor da FETRAF-RN

domingo, 19 de fevereiro de 2012

19-02-2012
A empresa americana Monsanto foi julgada “responsável”, segunda-feira, 13 de fevereiro, pela intoxicação por herbicida de um agricultor francês.

AFP/PETER FOERSTER

A empresa americana Monsanto foi julgada “responsável”, segunda-feira, 13 fevereiro, pelo envenenamento por herbicida de um agricultor francês. Esta decisão do Tribunal Superior de Lyon, pela primeira vez adotada na França, poderá abrir caminho para outras condenações similares, de acordo com Stephane Cottineau, advogado especializado em questões ambientais e que trabalha estreitamente com a associação Phytovictimes.

Concretamente, o que esse julgamento vai mudar ?


Na maioria dos casos é necessário o reconhecido da doença profissional pelos Tribunais de Casos de Segurança Social (Tribunaux des Affaires de Sécurité Sociale - TASS). Isso requer o estabelecimento de causalidade entre a doença e o uso de produtos fitossanitários. Então, quando a causalidade é reconhecida, há indenização. Isto é assegurado na maioria dos casos pela segurança social dos agricultores. Em outras palavras, é a sociedade que paga pela sua doença.
Depois, também é possível, para os interessados, mover uma ação no Tribunal de Grande Instância, como fez Paul François, para estabelecer a responsabilidade das empresas que comercializaram os produtos que originaram a doença. Com o julgamento do tribunal de Lyon, certamente isso irá mudar. Mas será sempre complicado provar a responsabilidade, sobretudo nos casos de doenças profissionais. Elas não resultam de um acidente em um momento preciso, mas são estendidas no tempo e tornam complexa a identificação de um só produto – e por consequência de um só produtor – responsável pela intoxicação.
As vítimas também podem voltarem-se contra o Estado por ter autorizado esses produtos perigosos?
Existe uma condenação nesse sentido na Inglaterra. Uma mulher atacou o governo por falta de proteção às populações vizinhas dos campos onde eram utilizados produtos fitossanitários. Na França, isso seria muito dificilmente aplicável. A legislação francesa é muito mais complexa e um tribunal superior não poderia se pronunciar sobre o assunto.
Fonte:
Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
Secretaria Operativa Nacional
fone: (11) 3392 2660 / (11) 7181-9737
site:
www.contraosagrotoxicos.org