EM CAMPO

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quinta-feira, 10 de março de 2011

Aconteceu: Encontro de Juventude da RECID do Seridó e Oeste Potiguar


Aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro o Encontro de Juventude da RECID do Seridó e Oeste Potiguar, Campo Grande marcou presença com uma comitiva de 10 jovéns, evento que reuniu aproximadamente, 60 jovens do Seridó e do Oeste Potiguar e ainda com a presença de jovens convidados de outros núcleos do Estado.

No encontro teremos além da apresentação de várias manifestações culturais como Capoeira, Hip-Hop, Teatro, Quadrilha, atividades desenvolvidas pelos próprios participantes, discutiremos temas relevantes para a Juventude do Seridó e Oeste Potiguar.
Entre os temas a serem debatidos, sempre com foco na juventude, estão raça, etnia, geração, diversidade, direitos humanos e desenvolvimento no campo.

Os textos de referencia para o debate, foram adaptados da sistematização do II Festival da Juventude do nordeste. Uma das inovações quanto a realização desse evento, é que o encontro é autogestionário não tendo uma programação rígida preestabelecida, o que provoca o desafio de construir caminhando.
 Fonte: Rádio Cirandeira

terça-feira, 8 de março de 2011

Discriminação de gênero tira mulheres de áreas exatas e preocupa governo


Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Uma fila de meninos e outra de meninas. A forma de organização que realça a diferença de gênero está na memória escolar da maior parte dos brasileiros e ainda é uma prática comum nas escolas. O que é visto com muita naturalidade por todos os agentes do ambiente escolar e pela própria sociedade pode esconder práticas que acabam também incentivando a discriminação de gênero, que, na maior parte das vezes, faz como vítima o lado feminino.

“As meninas são sempre elogiadas por ficarem quietinhas, mais comportadas. É comum ouvir colegas de trabalho dizendo que esse é o comportamento de uma moça. Quando a situação é inversa, ou seja, uma menina mais agitada, fatalmente ouviremos a seguinte repreensão: 'não é assim que uma moça bonita se comporta”, diz a professora de Educação Física, Debora Ferreira, que atua na rede pública do Distrito Federal.

Embora o relato apresente uma cena cotidiana, comum em todo país, o incentivo dessa prática nas escolas brasileiras vem chamando a atenção do governo. Preocupado com o baixo índice de mulheres em profissões que requerem mais ousadia e inovação, o governo colocou como meta, qualificar, até 2014, meio milhão de professores nas questões de gênero e diversidade.

De acordo com a ministra Iriny Lopes, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SEPM) órgão ligado à Presidência da República, a decisão tem o intuito de iniciar uma mudança cultural a longo prazo, que tenha reflexos na condição da mulher no mercado de trabalho.

“Uma das nossas metas é chegar em 2014 com meio milhão de professores formados em gênero e diversidade, um programa que está sendo coordenado pelo Ministério da Educação. Temos que dar escala a essa formação e melhorar as condições para trabalhar a autonomia das mulheres”, enfatizou a ministra que logo que assumiu a SEPM, se surpreendeu com os dados de gênero revelados pelas Olimpíadas de Matemática.

Uma observação feita pela própria idealizadora e coordenadora da competição, Suely Druck, demonstrou que nas séries iniciais, a participação de meninas é praticamente igual à dos meninos. Já nas séries mais adiantadas, o percentual de meninas participando da competição nacional cai drasticamente. “O que acontece é que elas são direcionadas para outros focos, que não a matemática. Como a matemática é uma ciência exata, ela é mãe da engenharia, da física, da química e outros espaços científicos, onde predominam os homens”, considera a ministra.

“Esse direcionamento é feito pela família e também pela escola. As meninas vão, aos poucos, migrando para as áreas de assistência social, educação. Tudo que trata da área de cuidar do outro. Ficam com os meninos as áreas de mais ousadia e inovação. Isso é parte da explicação do porquê temos tão poucas mulheres cientistas”, destaca Iriny.

“Tomei conhecimento de um dado e nós vamos trabalhar com isso. Nós temos um protocolo assinado com o governo americano para desenvolvermos ações no sentido de enfrentar a discriminação das mulheres no meio científico e tecnológico. Por que não há produção com um olhar de gênero nas universidades? Por que a presença de cientistas mulheres é tão baixa? Por que temos tão poucas mulheres em cargos de direção de institutos tecnológicos e de pesquisa científica no Brasil?”, questiona a ministra.

Um caso emblemático dessa cultura foi o lançamento, em 1968, da primeira boneca Barbie que falava. Uma das frases da sequência repetida pela boneca era “eu odeio matemática”.
“Sem uma mudança de cultura, não adianta ter Lei Maria da Penha cumprida integralmente, não adianta ter equidade de gênero cumprida integralmente, se não se prepara as futuras gerações para outras posturas. Quando falamos em escola, não queremos falar somente em vagas para mulheres estudarem, até porque, hoje temos a maioria de mulheres com maior tempo de estudos do que os homens”, destacou a ministra.

A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2010, que busca fazer uma análise das condições de vida no país, tendo como principal fonte de informações a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, demonstrou que, mesmo mais escolarizadas que os homens, o rendimento médio das mulheres continua inferior ao dos homens. As mulheres ocupadas ganham em média 70,7% do que recebem os homens. A situação se agrava quando ambos têm 12 anos ou mais de estudo. Nesse caso, o rendimento delas é 58% do deles.

“O maior nível de escolaridade não fez todos iguais no mercado de trabalho nem fez com que os salários fossem iguais entre homens e mulheres para as mesmas funções. Infelizmente isso [o maior nível de escolaridade] não serviu no Brasil para alçar as mulheres a cargos de poder, de decisão, de chefia”, destaca Iriny.

De acordo com a Pnad, as mulheres trabalham em média menos horas semanais (36,5) que os homens (43,9), mas, em compensação, mesmo ocupadas fora de casa, ainda são as principais responsáveis pelos afazeres domésticos, dedicando em média 22 horas por semana a essas atividades contra 9,5 horas dos homens ocupados.
Fonte Agência Brasil

Dilma Rousseff está entre as cem mulheres mais inspiradoras, segundo lista de jornal britânico

Brasília - A presidenta da República, Dilma Rousseff, foi colocada ao lado de outras personalidades internacionais na lista das cem mulheres mais inspiradoras da atualidade pelo jornal britânico The Guardian.

Dilma foi enquadrada no segmento política junto com outras mulheres com relevante papel em suas comunidades e no mundo. Na mesma lista estão a ex-primeira ministra britânica Margareth Tatcher, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a presidenta da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, e a ativista birmanesa Aung San Suu Kyi – que em 1991 ganhou o Prêmio Nobel da Paz.

A presidenta brasileira foi considerada inspiradora por sua atuação durante o período da ditadura brasileira e por ter considerado a luta contra a miséria uma das prioridades de seu governo. Dilma também recebeu a menção por ter batido um recorde na história brasileira ao aumentar o número de mulheres no comando dos ministérios e pelo pragmatismo administrativo que demonstra.

Apesar disso, a revista não esqueceu que a presidenta recuou da posição a favor do aborto para acalmar os grupos religioso durante a campanha presidencial e considerou que a mandatária brasileira deu pouca atenção às questões de gênero em suas propostas eleitorais.

O jornal britânico criticou também as plásticas feitas por Dilma e considerou que ela passou pelas intervenções cirúrgicas para “conseguir o seu lugar”.

A lista feita pelo The Guardian não promoveu um ranking entre as mulheres, apenas as dividiu em categorias que incluem política, artes e negócios, entre outros. Apesar disso, um dos requisitos para que uma mulher seja citada entre as cem mais inspiradoras é que sua influência seja considerada duradoura.
Fonte: Agência Brasil

8 carreiras ecológicas que vão bombar

 

emprego_verdeConheça as profissões ligadas ao meio ambiente que devem contratar milhões de brasileiros nos próximos anos - os salários chegam a R$ 5 mil

Que tal trabalhar numa área que ajude a preservar os animais, proteger as plantas, melhorar a qualidade do ar e diminuir a poluição de rios e mares - tudo isso ganhando bem? Gostou da ideia? Então prepare-se para mudar agora de profissão e ter um emprego verde!

O termo se refere às ocupações ligadas ao meio ambiente, que se preocupam com o impacto negativo que o homem causa na natureza. Entre as carreiras em alta há opções de formação técnica, tecnóloga e superior, com salários que variam de R$ 1 mil a R$ 5 mil. Nada mau, hein?

PREPARE-SE PARA BRILHAR!
Agora vem a melhor parte: segundo pesquisa do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, 10 milhões de empregos que surgirão até 2030 serão verdes. Isso porque é cada vez maior a preocupação das empresas com a natureza. Pronta para o sucesso? Escolha uma das oito carreiras mostradas aqui e vá estudar!

VEJA ONDE ESTUDAR DE GRAÇA
Nos sites abaixo, você encontra informações sobre os melhores cursos técnicos e tecnólogos do Brasil

Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets)
Escolas Técnicas Estaduais (Etecs)
Faculdades de Tecnologia (Fatecs) - São Paulo
Universidades Tecnológicas Federais

INVISTA NUMA CARREIRA DE FUTURO
Bióloga
Além de dar aula, pode trabalhar como pesquisadora ou supervisora de ações nas áreas de saúde, saneamento e preservação ambiental.
Setor de atuação: Biotecnologia
Formação exigida: Faculdade de Biologia
Salário médio: R$ 2 mil

Biotecnóloga
Desenvolve produtos para a indústria médica, de bebidas e de alimentação, com preocupação voltada à ecologia.
Setor de atuação: Biotecnologia
Formação exigida: Curso Tecnólogo em Biotecnologia
Salário médio: R$ 2,5 mil

Gerente de obras
Funciona como uma espécie de gestor ambiental na organização das obras — encarrega-se do material utilizado e de garantir que a construção polua o menos possível.
Setor de atuação: Engenharia
Formação exigida: Curso Tecnólogo em Controle de Obras
Salário médio: R$ 5 mil

Operadora de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Monitora o recebimento de resíduos industriais e urbanos, opera fornos de incineração, controla o processo de tratamento de água e efluentes (esgoto de casas ou empresas).
Setor de atuação: Meio ambiente
Formação exigida: Curso Técnico em Química ou Controle Ambiental
Salário médio: R$ 1 mil

Paisagista
Contratada por construtoras, condomínios e escritórios de arquitetura e paisagismo, deve trabalhar com a vegetação sem causar danos ambientais.
Setor de atuação: Arquitetura
Formação exigida: Curso Tecnólogo em Design de Interiores
Salário médio: R$ 4 mil

Técnica de Meio Ambiente
Auxilia outros profissionais a colocar em prática projetos ecológicos, além de dar consultoria na gestão ambiental e na coordenação de equipes de trabalho.
Setor de atuação: Meio ambiente
Formação exigida: Curso Técnico em Meio Ambiente
Salário médio: R$ 2 mil

Tecnóloga em Petróleo e Gás
Avalia a qualidade dos produtos em postos de combustíveis e outros estabelecimentos, aplica a legislação vigente e atua no controle de acidentes ambientais.
Setor de atuação: Indústria petrolífera
Formação exigida: Curso Tecnólogo em Petróleo e Gás
Salário médio: R$ 1 mil

Técnica em Tratamento de Efluentes
Coordena processos de tratamento de efluentes, analisando se os líquidos domésticos ou industriais despejados em rios e córregos estão dentro da lei.
Setor de atuação: Meio ambiente
Formação exigida: Curso Técnico em Tratamento de Efluentes
Salário médio: R$ 1,5 mil

Fonte: Carolina Stilhano, gerente de comunicação da Catho Online

ACONTECEU:Oficina de planejamento e comunicação de Campo Grande - RN.

Do dia 17 à 19 de fevereiro de 2011, foram realizadas as Oficinas de planejamento e de comunicação de Campo Grande, nessas oficinas trabalhamos além do planejamento das próximas ações, trabalhou-se  produção de textos, imagens, diagramação e finalização de FanZine.



 Fonte: Site da Recid Brasil
Escrito Por Alessandro Maia

Prarabéns as Mulheres do Meu Brasil


Mulher
Semente...
SER-mente...
SER que faz gente,
SER que faz a gente.

Mulher
SER guerreiro, guerrilheiro, lutador...
multimidia, multitarefa, multifaceta, multi-acaso...
multi-coração...

Mulher
SER que dá conta,
que vai além da conta,
que multiplica,
divide, soma e subtrai, sem perder a conta,
sem se dar conta, de que esse século foi seu parto,
na direção de seu espaço,
de seu lugar de direito e de fato,
de seu mundo que lhe foi usurpado e que agora é por ela ocupado.

MULHER...
Esse SER florado,
esse SER adorado,
esse SER adornado,
que nos poem em um tornado,
nos deixa saciado e transtornado,
que nos faz explodir e sentir extasiado.
SER admirado...

MULHER...
Nesse final de milénio, faça a transição.
Tire de seu coração a semente que vai mudar toda a gente
levando o mundo a ser mais gente...
Um mundo mais feminino,
mais rosado e sensibilizado,
mais equilibrado e perfumado...

PARABENS MULHER !!!
Não pelo oito de marco,
nem pelo beijo e pelo abraço.
Mas por ser o que és...
Humus da humanidade,
Raiz da sensibilidade,
Tronco da multiplicidade,
Folhas da serenidade,
Flores da fertilidade,
Frutos da eternidade...
Essencia da natureza humana.

Parabéns.

Autor desconhecido.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina 2011


Nós mulheres da Via Campesina, na Jornada Nacional de Luta das Mulheres – 2011 estamos nas ruas para denunciar a extrema gravidade da situação do campo brasileiro. Queremos reafirmar com nossa luta que não nos subordinaremos ao modelo capitalista e patriarcal de sociedade, concentrador de poder, de terras e de riquezas.

A pobreza tem cara de mulher. No Brasil são as mulheres e as crianças pobres que mais sofrem as consequências desse modelo devastador do meio ambiente e dos direitos sociais.

A vida está ameaçada!

Por isso, estamos em luta contra o agronegócio e os agrotóxicos para defender nossa cultura, nossa terra, o meio ambiente e a nossa saúde! As gerações futuras dependem da nossa ação!

A luta das mulheres da Via Campesina é contra as empresas do setor de produção e utilização de venenos e agrotóxicos. Por quê?

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos em todo o mundo desde 2008 e movimenta um lucro de 7, 1 bilhões de dólares. Em 2008 o país consumiu 733,9 milhões de toneladas de venenos.

O responsável é o agronegócio, que é formado pela combinação entre latifúndio, ciência e tecnologia, capital financeiro, indústria química e metalúrgica, financiamento público e mídia. Baseado na produção em forma de monocultura.

O agronegócio é o novo rosto do latifúndio.

Mantém a mesma lógica de produção em grandes extensões de terras - para isso, concentra cada vez mais - péssimas condições de trabalho, devastação dos recursos naturais, trabalho escravo e produzir para exportar.

Essa lógica produtiva provoca a expulsão do campesinato e de populações tradicionais das suas terras, a contaminação dos trabalhadores e trabalhadoras e o aprofundamento da crise ambiental e das mudanças climáticas. Esse atual modelo de desenvolvimento para o campo visa manter um padrão de produção e de consumo ambientalmente insustentável e socialmente injusto.

A vida no campo e a produção de alimentos estão ameaçadas com o desaparecimento de sementes crioulas, a perda de biodiversidade e a ameaça a segurança alimentar em virtude da liberação comercial de cultivos transgênicos, do uso de agrotóxicos e da expansão das monoculturas de exportação.

Além disso, o controle da cadeia produtiva alimentar pelas grandes transnacionais ameaça a soberania alimentar e a saúde da população Esse modelo de desenvolvimento é devastador e causa sérios problemas sócio-ambientais.

 
Por isso, nos mobilizamos para enfrentar a crise política, econômica, social e ambiental, criada pelas elites que controlam o Estado brasileiro: o capital produtivo, o capital financeiro internacional, ambos representados por empresas transnacionais em particular as empresas do agronegócio e o latifúndio.
Fonte: Jornal do MST