EM CAMPO

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domingo, 29 de novembro de 2009

Garibaldi admite apoiar candidatura de Dilma Roussef nas eleições de 2010


Depois de anunciar sua simpatia política pela candidatura da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao governo do Estado, o senador Garibaldi Filho (PMDB) anunciou sua simpatia nacional. O peemedebista revelou, em entrevista ao Jornal do Dia, da TV Ponta Negra, ontem, que deverá apoiar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT) para a presidência da república.



Garibaldi justificou que a tendência de apoio à candidatura do PT se deve ao fato de o PMDB ter firmado pré-acordo com a candidatura da base do presidente Lula (PT) para a sucessão nacional. O senador disse que não quer divergir do partido também no plano nacional. “Basta de divergências”, descontraiu, referindo-se ao impasse vivido pelos peemedebistas do Rio Grande do Norte.



A aceitação do senador a uma aliança entre PMDB e PT agrada ao deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente estadual do partido, que tenta fazer o primo Garibaldi a aderir ao seu grupo político. Em nível local, Henrique e Garibaldi divergem quanto à posição que o partido deverá adotar em 2010. O senador prefere se aliar ao DEM – legenda de oposição ao presidente. O deputado quer firmar aliança com os partidos da base de Lula no Estado.



No mês passado, Garibaldi e Henrique se reuniram com Lula, em Brasília, para tratar de política. Na ocasião, o senador disse ao presidente que tem preferência pelo apoio do partido a Rosalba Ciarlini e que não iria se comprometer, naquele momento, com a campanha de Dilma. Agora, o senador já admite apoio à petista, mostrando que sua aversão para se aliar à base governista não está no partido do presidente.A dificuldade de Garibaldi é compor com o PSB no Rio Grande do Norte, mais especificamente com a governadora Wilma de Faria (PSB).



O senador não aceita as críticas que recebeu da socialista na época em que presidiu o Senado. Wilma disse que Garibaldi não trouxe nenhum benefício para o Estado durante o período em que ocupou a função. O peemedebista se considera injustiçado por Wilma e ainda não engoliu as declarações.Apesar das “simpatias” já formadas, o destino de Garibaldi nas eleições de 2010 ainda é incerto.



O senador admite que ainda não “bateu o martelo” sobre a posição política que vai adotar. Ele chegou a pedir consulta jurídica para checar a possibilidade de seguir caminho oposto ao do deputado Henrique nas próximas eleições. No entanto, ainda não fechou questão sobre esse assunto.Desde o início das conversas sobre alianças que o senador tem usado a palavra “coerência” para definir suas posições. Para ele, o mais coerente para o PMDB do Estado é apoiar Rosalba, por ter uma aliança fixada com o DEM desde 2006 e fazer parte da oposição à governadora Wilma de Faria (PSB).



Já no cenário nacional, pelo fato de a legenda fazer parte do governo Lula, o peemedebista defende que o partido apóie a candidatura da base.Adotando essa postura, o senador se previne contra a campanha que o PT pretende fazer contra ele, caso o peemedebista venha a apoiar a candidatura do DEM ao governo. O plano dos petistas é lançar um nome para o Senado ao lado de Wilma de Faria e colar em Garibaldi a imagem anti-Lula. Dessa forma, o partido pretendia eleger um senador e derrotar o peemedebista. Mas Garibaldi resolveu continuar “em cima do muro”.

Apesar da posição divergente no cenário local, mostra-se disposto a se aliar ao governo em nível nacional.

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