Depois de anunciar sua simpatia política pela candidatura da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao governo do Estado, o senador Garibaldi Filho (PMDB) anunciou sua simpatia nacional. O peemedebista revelou, em entrevista ao Jornal do Dia, da TV Ponta Negra, ontem, que deverá apoiar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT) para a presidência da república.
Garibaldi justificou que a tendência de apoio à candidatura do PT se deve ao fato de o PMDB ter firmado pré-acordo com a candidatura da base do presidente Lula (PT) para a sucessão nacional. O senador disse que não quer divergir do partido também no plano nacional. “Basta de divergências”, descontraiu, referindo-se ao impasse vivido pelos peemedebistas do Rio Grande do Norte.
A aceitação do senador a uma aliança entre PMDB e PT agrada ao deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente estadual do partido, que tenta fazer o primo Garibaldi a aderir ao seu grupo político. Em nível local, Henrique e Garibaldi divergem quanto à posição que o partido deverá adotar em 2010. O senador prefere se aliar ao DEM – legenda de oposição ao presidente. O deputado quer firmar aliança com os partidos da base de Lula no Estado.
No mês passado, Garibaldi e Henrique se reuniram com Lula, em Brasília, para tratar de política. Na ocasião, o senador disse ao presidente que tem preferência pelo apoio do partido a Rosalba Ciarlini e que não iria se comprometer, naquele momento, com a campanha de Dilma. Agora, o senador já admite apoio à petista, mostrando que sua aversão para se aliar à base governista não está no partido do presidente.A dificuldade de Garibaldi é compor com o PSB no Rio Grande do Norte, mais especificamente com a governadora Wilma de Faria (PSB).
O senador não aceita as críticas que recebeu da socialista na época em que presidiu o Senado. Wilma disse que Garibaldi não trouxe nenhum benefício para o Estado durante o período em que ocupou a função. O peemedebista se considera injustiçado por Wilma e ainda não engoliu as declarações.Apesar das “simpatias” já formadas, o destino de Garibaldi nas eleições de 2010 ainda é incerto.
O senador admite que ainda não “bateu o martelo” sobre a posição política que vai adotar. Ele chegou a pedir consulta jurídica para checar a possibilidade de seguir caminho oposto ao do deputado Henrique nas próximas eleições. No entanto, ainda não fechou questão sobre esse assunto.Desde o início das conversas sobre alianças que o senador tem usado a palavra “coerência” para definir suas posições. Para ele, o mais coerente para o PMDB do Estado é apoiar Rosalba, por ter uma aliança fixada com o DEM desde 2006 e fazer parte da oposição à governadora Wilma de Faria (PSB).
Já no cenário nacional, pelo fato de a legenda fazer parte do governo Lula, o peemedebista defende que o partido apóie a candidatura da base.Adotando essa postura, o senador se previne contra a campanha que o PT pretende fazer contra ele, caso o peemedebista venha a apoiar a candidatura do DEM ao governo. O plano dos petistas é lançar um nome para o Senado ao lado de Wilma de Faria e colar em Garibaldi a imagem anti-Lula. Dessa forma, o partido pretendia eleger um senador e derrotar o peemedebista. Mas Garibaldi resolveu continuar “em cima do muro”.
Apesar da posição divergente no cenário local, mostra-se disposto a se aliar ao governo em nível nacional.
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