EM CAMPO

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011


MARINA SILVA
Pede que a sociedade apóie DILMA
 A ex-senadora Marina Silva avaliou hoje que as sucessivas denúncias de corrupção contra a classe política mostram que o Brasil passa por um grave momento em sua história e conclamou a sociedade civil e as instituições a se mobilizarem para contornar o atual cenário de escândalos.

De acordo com ela, a sociedade brasileira deve assumir a corrupção não apenas como uma questão do governo federal, mas deve dar respaldo à presidente Dilma Rousseff no combate aos malfeitos na máquina pública. "A sociedade brasileira deve se mobilizar para dar um basta na corrupção, assim como resolveu dar sustentação política para acabar com a inflação e assim como criou bases políticas para erradicar a pobreza", disse a ex-senadora, após palestra "O Papel do Brasil na Rio+20", realizada hoje na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), na capital paulista.

A ex-senadora cobrou atitude para condenar os atos de corrupção no Brasil das "pessoas de bem" de todos os partidos, dos empresários, dos jovens e dos formadores de opinião. "Se a sociedade assumir a corrupção como um problema dela, e não só da presidente, haverá de criar o constrangimento político e ético para que as instituições públicas sejam devolvidas ao interesse público, e não ao privado", afirmou. Ela, contudo, não detalhou como essa manifestação poderia ocorrer no Brasil. Segundo a ex-senadora, não há atualmente um líder que conclame a sociedade para essa causa. "Nós estamos diante do desafio da autoconvocação", afirmou.

Indagada sobre se a população brasileira tem apoiado a presidente nas mudanças ministeriais, tendo em vista a queda de sua popularidade na última pesquisa CNI/Ibope, de julho, Marina disse que as ações da presidente não podem ser medidas dessa maneira. De acordo com ela, desde a CPI dos Anões do Orçamento, em 1993, o Brasil vive com constantes denúncias, investigações e prisões no setor público. A ex-senadora ressaltou que está na hora da sociedade revogar o mandato daqueles que usam os espaços públicos como privados, para interesses particulares.

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