Aí vai uma boa reflesão feita pelo edição de economia do DN, sobre os desafios a serem enfrentados pelo o RN, no sentido de viabilizar o seu potencial de crescimento, principalmente na área estratégica de energia, esse assunto precisa ser aprofundado, pois, a matéria torna-se insuficiente, na medida que não colheu uma visão que considero importante, que são a dos trabalhadores, escutar investidores, técnicos, políticos, tudo bem, mais aqueles que operam a transformação desse potencial, que são os trabalhadores tem que ter presença nesse debate, vai uma sugestão ao DN.
MARCELO SOUZA
Pensar o desenvolvimento econômico de uma região significa pensar uma gama de setores passando desde a política econômica do governo federal; políticas de educação e formação de mão de obra; carga tributária e energia, apenas para ficar em alguns elementos primordiais do debate. Porém um item específico ronda a cabeça do investidor quando ele começa a analisar em qual região irá instalar uma grande empresa: infraestrutura, um conjunto de atividades e estruturas que servem como alicerce para o desenvolvimento de outras atividades. Figuram na lista itens como estradas, portos, aeroportos, comunicações, energia, abastecimento de água e coleta de esgotos. O Diário de Natal ouviu especialistas e investidores sobre estas questões, que devem ser alvo de permanente discussão na sociedade, por estarem intimamente ligadas à geração de empregos e, em última instância, à melhoria dos índices sociais e da qualidade de vida de seu povo.
Falta de planejamento estratégico levou o Rio Grande do Norte a ficar para trás na corrida pelo desenvolvimento, atrasando projetos e investimentos Foto:Eduardo Maia/DN/D.A Press |
Investidores buscam o melhor ambiente possível para realizarem seus negócios e aplicarem seu dinheiro. Uma demonstração clara deste anseio, intimamente ligado ao que usualmente se chama de “Custo Brasil” foi dada em um encontro recente de representantes das empresas vencedoras dos últimos dois leilões de energia eólica, ocorrido na semana passada na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern). Os diretores das companhias questionaram representantes do governo do estado sobre questões como a capacidade do porto de Natal e das estradas suportarem o fluxo de mercadorias necessárias para a instalação dos parques eólicos, por exemplo.
Nunca é demais lembrar o papel de protagonista que o Rio Grande do Norte tem neste campo de energias renováveis, sendo o campeão em quantidade de megawatts (MW) contratados nos leilões de dezembro de 2009 e de agosto de 2010. Por isso, já era previsto que empresários do setor tivessem esse tipo de expectativa diante de um estado que se mostra promissor quanto a investimentos futuros, porém ainda situadoentre os mais pobres do Brasil. Conforme pesquisa divulgada pelo IBGE na semana passada sobre o Produto Interno Bruno (PIB) brasileiro em 2008, o RN figurava na 19ª colocação dentre os 27 estados, contribuindo com apenas 0,8% da riqueza nacional.
Isso para ficar apenas em um setor. Quando mudamos para o segmento de mineração ou o petroquímico, é imperioso o poder público criar, reforçar e reimplementar uma malha ferroviária eficiente, que interligue as principais origens destas commodities (produtos em estado natural, como os minerais, grãos e petróleo, por exemplo) até a rede portuária e aeroportuária de todo o Nordeste. As ferrovias foram abandonadas por muito tempo no Brasil, mas a malha férrea voltou às discussões sobre o desenvolvimento econômico e a necessidade de seu uso para destravar gargalos logísticos.
O estado briga ainda contra um prazo apertado, no que diz respeito a ter concluídas obras como o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante antes da Copa do Mundo de 2014. Embora o governo estadual assegure que o aeroporto estará em funcionamento até essa data, o edital sobre o processo de licitação que irá definir a empresa ou consórcio responsável por sua construção e gerenciamento foi sequer publicado, pois a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda analisa as sugestões colhidas durante as audiências públicas sobre a obra e não estabeleceu prazo para este processo. A obra se arrasta desde 1997.
Orçado em R$ 800 milhões em sua primeira fase, o aeroporto foi projetado para ser o maior da América Latina e um dos maiores do mundo, com capacidade para 40 milhões de passageiros por ano, quando completamente concluso e 5 milhões inicialmete. Além disso, será um aeroporto de cargas com função de HUB, ou seja, um distribuidor de riquezas. Por esses motiv os é visto como o grande propulsor da economia potiguar no futuro, impulsionando o turismo e as exportações.
o pac potiguar
Principais projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na Agenda de Crescimento do Governo do Estado, e nos respectivos Planos Plurianuais, com fortes possibilidades de impacto sobre o adensamento dos Arranjos Produtivos Locais e no desenvolvimento regional:
l Aeroporto Internacional da Grande Natal/São Gonçalo do Amarante
l Projeto de Integração do Rio São Francisco com as bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional
l Ferrovia Transnordestina
l Usina Termoelétrica Vale do Açu
l Programa de Incentivo às Fontes
Alternativas de Energia Elétrica
(Proinfa): usinas de energia eólica
l Refinaria de Petróleo de Guamaré
l Duplicação da BR-101
l Modernização e ampliação do Porto Ilha.
l Zonas de Processamento de Exportações de Macaíba e do Sertão (Assu)
FONTE: UFRN
RN em Números
PIB do RN: R$ 25,48 bilhões (2008)
0,8% de participação na economia
nacional
19ª colocação no Brasil
Taxa de crescimento 2007/2008: 4,5%
Média de crescimento do Nordeste: 5,5%
Fonte: IBGE
Blog do Marcelo Souza
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