O câncer infanto-juvenil é a quarta doença que mais mata crianças e adolescentes no país. Como forma de alertar os profissionais, a Associação de Apoio aos Pacientes com Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR) iniciou ontem, no auditório da Universidade Potiguar (UnP), a programação em torno do 23 de novembro - Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-Juvenil.Foi realizada ontem uma palestra sobre tratamento e diagnóstico precoce para os alunos de enfermagem da instituição. A médica oncologista pediátrica Edwis Serafim destacou que em países de primeiro mundo, a sobrevida dos pacientes infanto-juvenis de câncer é de 80%, enquanto que em países em desenvolvimento como o Brasil, esse número é de 50%. "Isso se explica devido à falta de esclarecimento e de diagnóstico precoce", destaca.Os pais devem ficar alertas, segundo a médica, quando as crianças apresentarem anemia, associada à dor óssea com ou sem inchaço e emagrecimento, além de sangramentos sem machucado e glândulas de longa duração. "A criança deve ser levada ao pediatra, para que ele a avalie e chegue a um diagnóstico o mais rápido possível", continuou.De acordo com Edwis Serafim, a principal incidência de câncer infanto-juvenil em Mossoró é a leucemia, seguida de linfoma serviçal ou de abdômen (glândulas). "Os pacientes geralmente têm idade entre três e cinco anos e também na adolescência", disse a médica.A psicóloga Manoela Mariana, que trabalha com o acompanhamento às crianças portadoras de câncer e com os pais dessas crianças destacou os aspectos emocionais e psicológicos nesses casos. "A reação das crianças está sempre relacionada a dos pais, já que elas não têm a noção da gravidade da doença, por isso a necessidade de trabalhar toda a família", destacou.Segundo ela, inicialmente os pais ficam angustiados e passam isso para as crianças, seguido de medo e ansiedade. "Não se deve esconder o problema das crianças, mas falar na linguagem delas, informar de um jeito que elas possam entender sem se chocar", afirmou.Nesse caso, a psicóloga afirma que se deve oferecer um espaço para que a criança expresse seu sentimento de angústia e elaborar a vivência a partir de então. Ela afirma ainda que não são todas as crianças que precisam de acompanhamento e que a necessidade é detectada por pais e profissionais.Há casos de remissão (cura), que a criança ainda continua precisando do acompanhamento. "Os problemas estão mais ligados indiretamente à doença, como por exemplo, os pais passam a superproteger a criança e minar a ponto que ela fica sem limites. Poucas crianças têm problemas como o incômodo com a perda de cabelos e outras coisas relacionadas à doença", afirmou Manoela Mariana.Na segunda-feira, 23, a programação será concluída com a celebração da Primeira Eucaristia de 20 crianças atendidas na Casa de Apoio. A celebração será ministrada na Igreja São Paulo, Rua João Pedro da Costa, localizada no bairro Nova Betânia, às 19h30.
CASA DE APOIO — Atende 170 crianças, sendo 150 delas pacientes e 20 filhos de pacientes atendidos pela AAPCMR. As crianças participam de atividades educativas, lúdicas, culturais, lazer, terapia ocupacional, atendimento psicológico, hidroginástica, entre outros.
CASA DE APOIO — Atende 170 crianças, sendo 150 delas pacientes e 20 filhos de pacientes atendidos pela AAPCMR. As crianças participam de atividades educativas, lúdicas, culturais, lazer, terapia ocupacional, atendimento psicológico, hidroginástica, entre outros.
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